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Teletrabalho, as vantagens de trabalhar fora do escritório

Teletrabalho, as vantagens de trabalhar fora do escritório

Quando se fala de Portugal e do tempo que se demora nas viagens de carro e transporte nas deslocações para o trabalho e regresso a casa, reina o caos. O país é pequeno, em dimensão e quando comparado com as duas ou três horas que os "commuters" norte americanos enfrentam a cada viagem.

 

Comparando o tempo que os americanos gastam em deslocação, as viagens da linha de Sintra, Almada ou barreiro (no caso de Lisboa), ou o trânsito acumulado na VCI, no Porto, parecem uma brincadeira de criança. Mas, à sua dimensão, Portugal ainda tem estradas pouco adequadas à quantidade de trânsito, as cidades estão cada vez mais vedadas à circulação de veículos e os transportes públicos continuam a ficar aquém das necessidades. Por isso, as distâncias acabam por ser uma grande dor de cabeça em qualquer um dos casos.

 

Como evitar esse fluxo de pessoas nas chamadas horas de ponta que, principalmente no que respeita à capital, parece prolongar-se ao longo de todo o dia? Há já alguns anos que se discutem as vantagens e desvantagens dos colaboradores poderem trabalhar a partir de casa, especialmente em funções que não implicam um contacto direto com clientes ou com outras pessoas para ser realizado. Um caixa de supermercado ou um empregado de mesa, dificilmente poderão trabalhar a partir de casa. Mas trabalho criativo, ou até funções que obrigam a estar algumas horas ao telefone com clientes, gestão de projetos (quando as funções diárias são feitas com recurso ao computador, sentado à secretária) são perfeitamente compatíveis com um sistema de work @home.

 

Pegando no caso de uma pessoa que vive no Barreiro, só em deslocações gasta duas horas por dia. Tempo que poderia ser usado para investir no trabalho, sendo mais eficiente porque também perde a carga de stress associada às duas horas perdidas nas deslocações. Partindo do princípio que não há atrasos, são 10 horas por semana; 40 horas por mês; qualquer coisa como 440 horas por ano (sensivelmente 18 dias por ano dentro dos transportes públicos).

 

Se já parou de fazer as contas, são quase os mesmos dias de férias a que cada um tem direito. Portanto, do ponto de vista de gestão, é fácil compreender um dos benefícios em contribuir para reduzir o número de horas em deslocações e a razão para que existam tantos relatos de casos de sucesso nas empresas que implementam uma política de teletrabalho.

 

É possível gerir projetos à distância?

Obviamente, a grande discussão relativa a este tema recai sempre sobre os receios ainda existentes por parte de chefias e direções: será que, ao estar em casa, ou noutro local qualquer, o colaborador vai realizar as funções a que está obrigado? Irá o gestor conseguir controlar o desenvolvimento de tarefas para conseguir concluir projetos sem ter as pessoas debaixo do seu olhar? Como serão resolvidas as questões que implicam reunir e tomar decisões multe equipa?

 

A resposta nem sempre é simples, mas a grande maioria das situações resolve-se com alguma adaptação de rotinas. Pelas diversas experiências realizadas um pouco por todo o mundo, vão sendo conhecidos os casos de sucesso destas políticas e das vantagens associadas. Também há desvantagens, claro, mas os benefícios acabam por superar em número e qualidade. Aliás, no Japão até se chegou à conclusão que a produtividade aumentou com a redução do número de dias de trabalho para três. Nem sequer se fala de trabalhar a partir de casa, mas sim na redução da carga horária para três dias semanais.

 

Ao conceder mais períodos em regime de teletrabalho, as empresas podem, ainda, cortar nos custos, passando para espaços mais pequenos, poupando em renda, energia, água, etc. E isto não significa um aumento dos custos para o trabalhador. As empresas podem, por exemplo, contribuir com pequenos aumentos que fazem face a este custo extra e, mesmo assim, poupar nos gastos com estas rúbricas. É aquilo que se conhece no mundo dos negócios como "win-win situation".

 

Falta de controlo ou adaptação?

No campo das desvantagens, fica a ausência de controlo sobre o horário do colaborador, o receio de isolamento e falta de contacto com a equipa. Mas, será que ao estar sentado ao longo de um dia de trabalho, na sua secretária, uma pessoa é mais produtiva e beneficia mais do contacto direto? Quando, na maior parte do tempo "conversa" com os colegas do lado através de emails, chats ou até whatsApp?

 

Além disso, o controlo horário é difícil de medir. Avaliar através da presença no escritório ou pelos objetivos atingidos? No entanto, é preciso recordar que ainda existe algum estigma em relação ao local onde o colaborador se encontra a desempenhar as suas tarefas. Afinal, terá menos valor o trabalho feito na esplanada em relação ao valor do mesmo trabalho em ambiente de escritório?

 

Obviamente, haverá exemplos para todas as posições, mas, regra geral, todos precisam de tratar da conta da luz, da água, de ligar para a escola e tratar dos assuntos relacionados com os filhos, colocar a máquina a lavar, a roupa a secar, etc. Tarefas que podem ser realizadas no mesmo espaço de tempo gasto para ir fumar (para quem fuma), ou ir ao café. Com a vantagem acrescida de ter a cabeça mais focada nas tarefas que tem de realizar. Todos ficam mais felizes e o trabalho flui mais rápido. Surge o aumento da produtividade.

 

Para o sucesso desta prática contribui bastante uma rede de acesso à Internet com velocidade acima da média. Nos Estados Unidos a cidade de Chattanooga é um caso de estudo por possuir a Internet mais rápida do país, cerca de 10 Gbps. Graças a esta rapidez, o teletrabalho registou um aumento de 325%. 

 

Ou seja, a tecnologia está diretamente relacionada com este sistema de trabalho já que a maior parte das funções precisam de uma ligação robusta para ser competitivas. 

 

O contacto humano

Quanto ao contacto com os membros da equipa, há muitos anos que algumas das maiores empresas adotaram medidas que permitem mobilidade com a obrigação de reuniões presenciais regulares para ponto de situação e potenciar o espírito de equipa. Isto, claro, sem esquecer as regras básicas de controlo de reuniões que, na maior parte das vezes, se tornam cansativas e com pouco resultado ao nível da produtividade.

 

Além disso, alguns períodos de afastamento também contribuem para reduzir as conversas de café que tanto pesam na dinâmica das equipas.

 

Quanto às comunicações, apesar da evolução da tecnologia, ainda há queixas relativas às quedas das chamadas via softwares de video-chamada. Mas, valerá mesmo a pena estar sempre a reunir através de aplicações ou videochamada quando a conversa pode fluir através de uma simples chamada de voz? A resposta parece óbvia, mas ainda existe a tentação de ter de ver a cara de quem está do outro lado do computador. Pode ser necessário em determinadas situações, mas totalmente contraproducente noutras.

 

Ou seja, a maior parte das desvantagens detetadas, tais como a dinâmica de trabalho de equipa, resolução de problemas que envolvem diferentes equipas e a própria dinâmica de escritório podem ser solucionadas com alguma adaptação e mudança de mentalidade. Quanto às vantagens, a maior de todas é sempre dirigida a uma maior concentração nas tarefas, poupança do tempo passado nos transportes públicos ou em deslocação, ausência de preocupações que prejudicam o desempenho, redução de stress e aumento de responsabilidade.

 

Tudo isto traduz-se num aumento substancial da produtividade e redução de custos para a empresa e também para os colaboradores.

 

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