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Tudo pronto para abraçar a NB-IoT?

Tudo pronto para abraçar a NB-IoT?

A tecnologia, já se sabe, assume siglas e nomes por vezes estranhos. Está em constante mudança e, por vezes, principalmente para quem está de fora do desenvolvimento, torna-se difícil acompanhar a rapidez da mudança. Mas, estar na liderança exige acompanhar as novas tendências de perto. As oportunidades que as novas ferramentas fornecem podem significar saltos significativos no negócio.

 

Numa altura em que se fala de redes 5G, uma rede com capacidade de transmitir enormes quantidades de dados praticamente sem latência e que será crucial para o mundo da Internet das Coisas, surge no mercado a NB-IoT (Narrow Band-IoT). Tal como o nome sugere, é uma rede com banda estreita e que permite a comunicação das "Coisas" ligadas à Internet. No entanto, serve apenas para comunicação de sensores e aparelhos que exigem pouca largura de banda. No fundo, "Coisas" que comunicam com pouca frequência e emitem pequenas quantidades de dados.

 

Passando já às vantagens, esta "nova" rede concede uma maior longevidade às baterias (uma bateria pode durar até 10 anos), e, apesar de funcionar numa banda mais estreita, consegue comunicar a maiores distâncias e até funcionar em zonas como garagens, poços ou outros locais onde a rede 2G, 3G e 4G são fracas e não conseguem penetrar.

 

E sim, esta rede funciona com o mesmo sistema das redes dos telemóveis, apenas numa banda mais estreita. Por isso, o custo de implementação é muito baixo já que o sistema é idêntico. Os sensores, as "Coisas" ligadas à Internet, usam um cartão SIM e a rede já instalada

 

Cada vez mais complicado?

Não necessariamente. As redes 2G, 3G e 4G, possuem características que levam a um elevado consumo de energia. Com a NB-IoT, mesmo quando os sensores estão adormecidos, a ligação está sempre funcional. Por isso, quando "acordam" para enviar dados, praticamente não existe consumo de energia para fazer a ligação à rede. A explicação é básica, mas serve como exemplo da forma de funcionamento desta nova tecnologia.

 

Em contrapartida, certamente, todos já repararam que quando se encontram em locais com pouca rede, o consumo de bateria é praticamente quatro vezes superior ao normal. Isso sucede porque o telemóvel está constantemente a tentar fazer a comunicação com a rede, com as antenas com maior potência de sinal. E o mesmo sucede com os sensores de um sistema de rega, por exemplo, que estejam ligados a uma rede 2G, 3G ou 4G. O que obriga a que existam fontes de energia junto aos sensores.

 

Em Portugal, a tecnologia foi lançada recentemente e colocada à prova no IoT-Challenge, onde as equipas desenvolveram soluções com recurso a este novo sistema de Narrow Band.

 

Desafios para o futuro

O grande desafio para o futuro está do lado das empresas e Startups que desenvolvem soluções de IoT e que já possuem no mercado aparelhos a funcionar com a transmissão de dados a ser feita através das redes 2G, 3G, 4G ou de outras redes de Low Wide Power, que exigem infraestruturas próprias.

Estamos muito habituados a falar do 5G com muita velocidade e mínima latência, mas para objetos que têm outras necessidades já se sabe que o NB-IOT é o protocolo que vai fazer parte do 5G

Para as equipas que venceram o desafio lançado pelo IoT-Challenge, o esforço vai compensar. "Com a NB-IoT vamos poder ter sistemas mais eficazes mesmo nas aquaculturas Offshore", refere Pedro Pina, da Domatica Global Solutions. Esta equipa apresentou um sistema de sensores que faz a leitura de diversos parâmetros de aquaculturas. "Com esta tecnologia, vai ser possível dar garantias de maior durabilidade de bateria e melhor qualidade na transmissão de dados pois permitem estar instalados em zonas mais distantes", acrescenta Pedro Pina.

 

Além disso, são sistemas que podem ser complementados com uma ligação a um painel solar, por exemplo.

 

Veja o vídeo com a entrevista a Pedro Pina:

 

A durabilidade das baterias também faz com que surjam soluções de instalação imediata. "Se lhe entregar este sensor, basta colocá-lo lá em casa e está pronto a funcionar, sem fios, sem ligações, sem customizações", sublinha Nuno Ferreira, da ThinkDigital.

Esta equipa desenvolveu uma espécie de sensor de movimento que junta diversos parâmetros e permite que, apenas com um sensor, seja gerido um escritório ou casa inteligente. Desde iluminação, ar condicionado, persianas, alarmes. Tudo pode estar ligado num único sensor. "Para as empresas de alarmes, por exemplo, é uma solução que vai eliminar os problemas atuais de dificuldade de sinal dentro de um escritório ou habitação", remata Nuno Ferreira.

 

Veja o vídeo com a entrevista a Nuno Ferreira:

 

Os outros dois vencedores foram a iMAPARK e a Compta. A primeira, com um sistema de sensores de estacionamento de rua, que já foi premiado na Intertrafic, em Amsterdão, e que permite, por exemplo, reservar um lugar de estacionamento na cidade no momento em que sai de casa. Desta forma, refere o CEO da empresa, Fernando Afonso, "evita-se cerca de 30 por cento do tráfego dentro de uma cidade". O tempo médio gasto à procura de um lugar de estacionamento. "Em breve iremos avançar com uma experiência com uma autarquia sendo que o mundo está á espera desta solução", assegura Fernando Afonso.

 

Este sistema é de fácil integração com as aplicações e sistemas já existentes como da EMEL, por exemplo.

Veja o vídeo com a entrevista a Fernando Afonso:

 

Já a Compta, tem em funcionamento um sensor para a gestão dos contentores de resíduos de lixo urbano e industrial. No entanto, com a tecnologia atual, além de ser necessário ligação a eletricidade, há locais onde a rede não permite aos sensores comunicarem com a cloud.

 

"Com a NB-IoT vamos poder ter maior longevidade dos sensores, reduzir a manutenção e obter dados mesmo nos locais mais remotos, onde a rede tradicional tem dificuldade em chegar", esclarece Paulo Fernandes, da Compta. Nomeadamente nos contentores que estão subterrados ou em garagens.

 

Veja o vídeo com a entrevista a Paulo Fernandes:

 

A NB-IoT concorre com a rede 5G?

Esta é uma questão pertinente e que tem uma resposta simples: a NB-IoT vai estar integrada na rede 5G. Ou seja, continua a ser verdade que a rede 5G vai resolver os problemas do mundo da Internet das Coisas, pois permite comunicar grandes quantidades de dados, em tempo real e praticamente com latência zero. Uma tecnologia crucial, por exemplo, para as viaturas autónomas.

 

No entanto, esta rede, usando a banda com frequência mais baixa, vai permitir ligar os milhões de "Coisas" à Internet que necessitam de menos largura de banda.

 

"Estamos muito habituados a falar do 5G com muita velocidade e mínima latência, mas para objetos que têm outras necessidades já se sabe que o NB-IOT é o protocolo que vai fazer parte do 5G. Não vai contra o 5G, mas é uma das pernas. Poder ligar milhões de objetos no mesmo espaço e aumentar a longevidade das baterias para equipamentos que comunicam pouco volume de informação", esclarece Inês Ferreira, da Gestão de Produto M2M e IoT da PT Empresas.

 

  

Em termos de balanço, Mário Sousa, Diretor de Produto e Pré-Venda da PT Empresas, salienta o sucesso do IoT Challenge e a inovação da NB-IoT neste evento. "É uma rede com vantagens para este tipo de utilização e calhou muito bem termos a possibilidade juntar estes dois eventos". Para o futuro, Mário Sousa aponta expetativas elevadas na utilização da NB-IoT.

"Até por via da simplicidade que apresenta, claramente, esta solução, que se destina às empresas, vai chegar também às nossas casas", conclui Mário Sousa.

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