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Como potenciar o negócio contratando o Pikachu

Como potenciar o negócio contratando o Pikachu

 

O Pokémon Go despertou a atenção de milhões de utilizadores e, além dos cerca de 2 milhões de receitas por dia que está a gerar (apenas com as compras na aplicação do jogo), está a ser aproveitado por algumas marcas/lojas para atrair clientes aos seus espaços físicos.

 

Depois da euforia do jogo, dos jogadores, da caça aos Pokémons, as marcas procuram agora inserir nas suas estratégias uma forma de cavalgar esta onda, antes de chegar à rebentação.

 

O jogo, a aplicação (que teve mais de 15 milhões de downloads em poucos dias), que muitos criticam pelas falhas constantes e mau design gráfico, tem espaço para melhorar. A Niantic, empresa que desenvolveu o jogo, também está atenta a este potencial de negócio ao despertar o interesse das marcas que se queiram associar tornando o seu espaço num Pokestop.

 

No futuro, pagando alguns milhares, podem ter na sua loja física um ponto de encontro para jogadores travarem batalhas e, quem sabe, caçarem determinado Pokémon raro, que só exista naquele espaço, por determinado período contratado. Atualmente, os Pokestops são locais assinalados na aplicação por um quadrado azul, onde podem ser recolhidos ovos, Poke Balls, Poções e muitos mais items que, de outra forma, apenas podem ser adquiridos através das compras da aplicação. Por isso, são locais bastante visitados pelos jogadores.

 

Mas, por enquanto, há até algumas lojas que já estão a ganhar com isto, ao aparecerem referenciadas no jogo como um destes pontos (Pokespots). Por norma, estes pontos são escolhidos entre monumentos ou outros locais de interesse mas há Pokestops em esquadras de polícia e até casas privadas.

 

Como pode fazer para aproveitar este vazio, enquanto a Nintendo não faz disto negócio?

 

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Em primeiro, mesmo que seja dos que estão contra o jogo, mas vê aqui um potencial para levar até ao seu espaço um público que, de outra forma, nunca chegaria até si, faça o download da aplicação, jogue, e verifique no mapa se, por acaso, a sua loja é uma das que tiveram a "sorte" de ser referenciadas pelos autores do jogo.

Com um investimento de 99 dólares pode manter um isco ("lure") ativo até 9 dias.

Nesse caso, basta colocar um cartaz bem visível a anunciar o facto, convidando os jogadores a caçar os Pokémons oferecendo, quem sabe, um local para poderem recarregar os telefones, já que esta aplicação dá cabo das baterias em três tempos.

 

Depois, depende obviamente do tipo de negócio que possui, arranjar formas de incentivar ao consumo dos produtos que vende. Ações no local com promotoras, descontos para quem conseguir vencer uma batalha ou caçar mais Pokémons no seu espaço. A imaginação é sua e pode tirar partido do tipo de negócio que possui.

 

Em segundo, se o seu espaço está no mapa do jogo, pode reforçar a afluência lançando os iscos ("lures") que atraem dezenas de jogadores a um espaço à espera que os Pokemóns apareçam. O jogo funciona com uma moeda própria, os pokécoins e o investimento será relativamente baixo para manter o isco ativo durante dias.

 

Cada Lure custa cerca de 100 pokécoins e existem pacotes de oito, por exemplo, por 680 pokécoins e cada isco fica ativo por 30 minutos.

 

Um espaço muito curto, à primeira vista, mas tendo em conta que cada 100 pokécoins custa 99 cêntimos, e um pacote de 14500 Pokecoins fica por 99 euros, isto quer dizer que tem a possibilidade de manter o isco ativo durante 72,5 horas.

 

Sendo um negócio aberto apenas nas horas de expediente, e uma vez que pode suspender e ativar os lures como entender (deixando de os ter ativos, por exemplo, aos domingos, caso esteja encerrado), consegue manter o isco ativo por cerca de 9 dias.

 

Nos Estados Unidos há já muitas empresas a aplicar este modelo e uma grande fatia dos 2 milhões diários que o jogo factura derivam, certamente, das compras efectuadas pelas marcas que andam a lançar iscos aos jogadores.

 

Como irá funcionar o negócio no futuro?

O grande desafio para a Nintendo e Niantic será a forma como vão aplicar o modelo de negócio. A forma mais comumente aceite será uma espécie de aquisição de espaço na aplicação, ao estilo do que faz o Google, por exemplo, com o adwords.

 

Uma empresa ou loja interessada em tornar-se num Pokespot, terá de pagar. Mas, se os custos forem baixos, todos vão ter um Pokespot.

 

Por isso, quanto valerá o custo por visita (CPV) em pessoa? Quanto estarão dispostos os comerciantes, as lojas, as marcas a pagar para transformar os seus espaços num Pokespot? Os leilões, que têm funcionado bem para o mercado publicitário, poderão ser um pouco mais penosos e custosos num sistema como este. Podendo mesmo tornar-se num redundante falhanço se começar a atingir custos demasiado elevados.

 

Enquanto esta e outras dúvidas se mantém em discussão no mercado, será sempre possível entrar no jogo e tentar perceber se quando o negócio surgir, lhe compensa o investimento a efectuar. Uma coisa é certa, a escolha de assinalar alguns locais não foi inocente por parte dos autores do jogo que estão já a medir o interesse e a pensar na melhor forma de tirar partido da euforia com o Pokémon Go.

 

Uma coisa é certa, vale a pena comprar um Smartphone e começar a lançar iscos.

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